Tolerando o Ateísmo

15:17 Irismar Oliveira 3 Comments


A igreja existe para "propagar a paixão pela supremacia de Deus em todas as coisas, para alegria das pessoas". Esta é nossa missão. "Todas as coisas" significa negócio, trabalho, educação, meios de comunicação, esportes, artes, lazer, governo e todos os detalhes de nossa vida. Isto significa que Deus deveria ser reconhecido e crido como supremo por todas as pessoas que Ele criou. A Bíblia, porém, nos ensina que nunca haverá um tempo, antes da volta de Jesus, em que todas as pessoas honrarão a Deus como supremo (2 Ts 1.6-10).

Então, de que maneira expressamos uma paixão pela supremacia de Deus em um mundo pluralista, no qual a maioria das pessoas não reconhece a Deus como parte importante de suas vidas e menos ainda como parte importante do governo, educação, negócios, trabalho, artes, recreação ou entretenimento? Em seguida, apresentamos cinco maneiras:

1. Em todas as ocasiões, mantenha uma convicção de que Deus está sempre presente e dá a todas as coisas o seu significado mais importante. Ele é o Criador, Sustentador e Governador de todas as coisas. Temos de conservar em mente a verdade de que todas as coisas existem para revelar algo das infinitas perfeições de Deus. O pleno significado de tudo, desde cadarços de sapatos a naves espaciais, é a maneira como essas coisas se relacionam com Deus.

2. Em cada circunstância, confie que Deus usará sua sabedoria administrativa, criativa, sustentadora e seu poder para fazer todas as coisas cooperarem para o bem daqueles que O amam. Isto é fé na graça futura de que Deus será para nós tudo o que promete ser, em Cristo Jesus.

3. Tome decisões que revelam o supremo valor de Deus acima daquilo que o mundo valoriza supremamente. A graça de Deus é melhor do que a vida (Sl 63.3). Portanto, preferimos a morte à perder a doce comunhão com Deus. Isso mostrará a supremacia dEle acima de tudo o que a vida oferece.

4. Fale às pessoas sobre a suprema dignidade de Deus, de maneiras criativas e persuasivas. Conte às pessoas como podem ser reconciliadas com Deus, por meio de Cristo, para que desfrutem da supremacia de Deus, como proteção e ajuda, em vez de temê-la como juízo.

5. Mostre com clareza que Deus mesmo é o fundamento de seu compromisso com uma ordem democrática pluralista — não porque o pluralismo é o ideal de Deus, e sim porque, em um mundo caído, a coerção legal não produzirá o reino de Deus. Os crentes concordam em tolerar crenças não-cristãs (incluindo crenças naturalistas e materialistas), não porque o comprometimento com a supremacia de Deus é irrelevante, e sim porque tal comprometimento tem de ser espontâneo, pois, do contrário, será indigno. Temos um fundamento teocêntrico para tolerarmos o ateísmo. "Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim" (Jo 18.36). O fato de que Deus estabelece seu reino por meio do milagre da fé, e não por força de armas de fogo, significa que os crentes não endossarão, nesta época, governos coercivos — cristãos ou seculares. 

Esta é a razão por que resistimos à secularização coerciva implícita em leis que reprimem atividades cristãs em lugares públicos. Não resistimos porque almejamos estabelecer o cristianismo como a lei do país. Isto é intrinsecamente impossível, por causa da natureza espiritual do reino. Pelo contrário, resistimos porque a repressão do livre exercício da religião e da persuasão é tão errado contra os crentes quanto contra os secularistas. Cremos que esta tolerância está arraigada na própria natureza do evangelho de Cristo. Em certo sentido, a tolerância é pragmática: liberdade e democracia parecem ser a melhor ordem política que os homens inventaram. Mas, para os crentes, a tolerância não é puramente pragmática. A natureza relacional e espiritual do reino de Deus é o alicerce de nossa aprovação do pluralismo — até que Cristo venha com direitos e autoridade que não temos.

Disseminemos uma paixão pela supremacia de Deus em todas as coisas, não por coerção, e sim por uma convicção constrangedora. Preservemos a forma de governo em que a fé pode falar livremente, não forçada, nem silenciada pela mira de uma arma.

Extraído do livro: Uma Vida Voltada para Deus, de John Piper.
Copyright: © Editora FIEL

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3 comentários:

  1. *MOMENTO ALERTA* Onde cristãos estam vivendo para esta vida.Trocam a benção da SALVAÇÃO por: casa, carro, empresas, bens materiais e acham que DEUS é obrigado a lhes dar isso.
    Tesouros para esta vida onde a traça corroi.
    *OLHAI PRÁ CIMA!!!*
    TESOUROS DO CÉU.

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  2. Engraçado como não se prega o antigo testamento. Se não deixa de ser a palavra de Deus, pq não escutamos pregações a respeito do antigo testamento? Existe muita crítica ao que lá está escrito, mas qual é o problema em se sustentar que a criação se deu da forma como lá se descreve? E daí que as provas científicas dizem o contrário? Crer que o mundo existe há cerca de 4 ou 5 mil anos não é menos verdade que dizer que ele existe há 4,5 bilhoes de anos. Também não é menos verdade crer que os dinossauros foram mortos no dilúvio. Ora, que eles existiram, existiram, mas daí dizer que foi há milhões de anos, me poupem né. Tudo se encaixa na bíblia, é só se dar ao luxo de esforçar um pouco o cérebro e ver que tudo tem explicação. Abraços e obrigado pelas palavras.

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  3. Oi Ricardo, que bom receber sua visita e participação, o Antigo testamento também faz parte da Bíblia e como podemos aprender com as verdade contidas nele, eu mesmo sou uma das que aprecio e aprendo muito com o A.T, ontem mesmo estava lendo sobre José, que para mim é dos homem que chama muito a minha atenção. Amigo te desejo um belo dia!!

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